Apesar de estar em pleno Passeig de Gràcia, uma das áreas mais turísticas de Barcelona, o Museu do Perfume pode passar facilmente desapercebido. Escondido atrás da fachada de uma perfumaria, também esconde uma coleção de frascos e objetos que contam a história do perfume desde as antigas civilizações até os tempos modernos.
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A curiosa coleção de perfumes do museu
Entre as mais de 5 mil peças, a coleção do museu conta com objetos de autêntico valor histórico, tão antigos como frascos usados por faraós egípcios nos séculos VII-VI A.C., na Grécia Clássica dos séculos V-IV A.C., durante o Império Romano no século I D.C., na Pérsia…
E assim segue todo um recorrido pela história através de frascos de perfume, incluindo objetos que pertenceram à Maria Antonieta ou o frasco “Le Roy Soleil” desenhado por Salvador Dalí e até um perfume usado por Grace Kelly.
O Museo del Perfume é uma viagem no tempo repleta de curiosidades. Sabia, por exemplo, que Sócrates não gostava de perfumes e era contra o seu uso? Conheça alguns dos inúmeros detalhes históricos sobre o perfume que você vai descobrir no museu:
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- Na antiguidade, o Reino de Punt (atualmente a Somália), era conhecido como o “Reino de Todos os Aromas”. De lá, eram trazidas fragâncias para os faraós egípcios.
- Na Grécia Clássica, os perfumes eram usados com tanta abundância que o rei Sólon chegou a proibir seu uso para conter os gastos com as importações.
- Sócrates não gostava de perfumes, mas Diógenes, que era descuidado com a higiene pessoal, perfumava os pés para disfarçar o mal cheiro.
- Outra evidência do uso abundante de perfumes na Grécia Clássica é a expressão usada com relação a pessoas pobres: “Não tem nem um Lekytos”. Lekytos era um dos frascos de perfume mais populares na época.
- Nos banquetes do imperador romano Nero, além de pétalas de rosas que eram jogadas nas cabeças dos comensais, também soltavam pombas perfumadas para que o aroma impregnasse a sala. Conta a lenda que ele também mandava perfumar seus cavalos favoritos.
- A mulher de Nero, Popea, tomava banho com leite de burra e, quando viajava, levava 50 burras para seu ritual higiênico.
- A Arábia antiga era conhecida como a “Terra dos Perfumes” e foram os árabes que desenvolveram as técnicas de produção, com destilação de álcool como base para essências, principalmente Água de Rosas e Almíscar.
- Durante o Renascimento, Veneza e Florença foram as capitais dos perfumes e na comitiva de viagem de Catalina de Médici sempre estava seu perfumista privado, Renato de Florência.
- Durante a Revolução Francesa o mercado de perfumes sofreu uma forte paralisação já que muitos de seus usuários da nobreza estavam sendo decapitados, mas o perfume chamado “Guilhotina” era popular entre os revolucionários e os “sans culotte”.
- Napoleão era um grande amante de perfumes e deu grande impulso ao que se tornaria uma importante indústria na França.
O Museu do Perfume está dividido em duas partes. A primeira conta, em ordem cronológica, a história do perfume desde as civilizações antigas até a época moderna. A segunda parte, classificada como fase comercial, está organizada por marcas e conta com amostras de Roger et Gallet, Christian Dior, Guerlain, Boucheron, Lalique, Escada, Lolita Lempicka, entre muitos, mas muitos outros.
Museo del Perfume
Onde: Passeig de Gràcia, 39
Horários: De segunda a sexta das 10h30 às 20h, sábados das 11h às 14h
Entrada: 5€
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Adoro muito tudo isso meus parabéns pela sua matéria Clarissa estive lá e não sabia do museu